Empreendedorismo

Nova Revolução Industrial – Indústria 4.0

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Por Andréa Cordeiro

As revoluções industriais revolucionaram o cenário das empresas no mundo todo. Na primeira, no século 18, a invenção da máquina a vapor catapultou a produtividade da tecelagem. Em meados do século 19, a segunda revolução, a energia elétrica transformou as empresas e o dia a dia das pessoas com novas invenções. Após a 2ª guerra mundial, a terceira revolução industrial, o surgimento dos computadores e a automação. Agora vivemos a quarta revolução industrial e ela é imprescindível para as empresas que têm interesse em diminuir custo, aumentar a produtividade, agilizar os processos, controlar dados e tomar decisões mais rápidas e assertivas. Esta quarta revolução é diferente de TUDO que já vimos antes, há a ampliação de novas tecnologias e a interseção delas amplia as possibilidades de informação para as empresas e para a sociedade.  O mundo digital transforma o presente e mudará o futuro da humanidade. Somos testemunhas das mudanças físicas, tecnológicas e biológicas que têm acontecido mundo a fora. Isto é real!

Especialistas do mundo todo afirmam que a NOVA revolução industrial é muito mais lucrativa e acessível para todas as empresas e necessária para as globalizadas. O estudo da McKinsey aponta até 26% de ganho de produtividade quando se utiliza o controle do chão de fábrica e, mais, aumenta em 20% a vida útil das máquinas. Mas, para o Brasil este é o maior desafio desse NOVO momento que chamamos de “Quarta Revolução Industrial”. Entrar na indústria 4.0, além de ser um desafio é também uma oportunidade para as empresas brasileiras de pequeno e grande porte, pois no Brasil, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria , apenas 2% das fábricas brasileiras estão prontas para a NOVA fase tecnológica. Portanto, existe espaço para crescimento das nossas empresas no mundo digital. A Embraer (empresa fabricante de aviões) é uma das potências industriais do país que esta nos 2%. Hoje ela já consegue propor soluções de erros que ainda nem existem, tudo usando um simulador. Na Embrapa a tecnologia da informação é o caminho para melhorar a cadeia produtiva.

Nota-se que a transformação digital é personagem principal do mundo atual. Usar a tecnologia disponível para estar à frente é uma tarefa árdua, mas necessária. Por isto, que políticas públicas têm sido criadas a cada novo ano para adequar as fábricas dos países desenvolvidos e em desenvolvimento para estar no padrão da Quarta Revolução Industrial.

Mas, quais são as tecnologias da Quarta Revolução Industrial disponíveis? O big data (análise de grande volume de dados gerados por sensores); inteligência artificial (automação de decisões e criação de robôs para as empresas); internet das coisas (ligação em rede de máquinas e aparelhos, permitindo a troca das informações); realidade mista (usada com óculos especiais para visão de raio X); impressão 3D (impressão de peças e objetos plásticos – que economiza e agiliza o processo de produção); e simulação virtual (simulação em computador usando dados reais para a criação de cenários e melhoria de processos). A combinação de todas elas define o mundo 4.0.

Um exemplo da aplicação de uma empresa 4.0  é quando ela consegue reduzir o tempo de desenvolvimento de seus produtos para semanas que antes era de meses. Os robôs são os protagonistas deste NOVO momento tecnológico. Eles moldam, cortam, colam calçados, por exemplo, com mais rapidez e precisão. Diante deste novo cenário, os robôs entregam ao mercado NOVOS produtos para os ávidos consumidores. Os robôs não param por aí, eles conseguem entregar produtos personalizados para nichos bem específicos e ampliam as opções dos produtos. Mas, há outras mudanças que os robôs trouxeram ao mundo: as marcas 4.0 não estão abrindo as NOVAS fábricas na China e, sim, em países com mão-de-obra qualificada e isto é ótimo, pois a tecnologia iguala os países e torna-o mais competitivo. Há tantos outros exemplos dessa NOVA era. O autor Klaus Schwab cita em seu livro “A Quarta Revolução Industrial”, a maior empresa de transporte de pessoas do mundo e que ela não possui um único automóvel para prestar o serviço. É uma ruptura de paradigmas não é mesmo?! Há também serviços online comunitário para as pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem acomodações e meios de hospedagem. A inovação é processo social complexo e inevitável, mas o importante para refletirmos é que esses avanços já acontecem desde a terceira revolução, o que aconteceu é que ela avança, se aprimora e inova a cada nova década.

Schwab traz uma palavra que define esta nova era: empoderamento. Para ele, o Governo terá uma relação diferente com os cidadãos; as empresas com os seus empregados; e as superpotências com os países menores e as pessoas com elas mesmas. TUDO se transforma rapidamente! O crescimento econômico é certo para a maioria dos especialistas que acreditam na quarta revolução industrial. E mais, os consumidores só ganham com esta revolução, principalmente, por terem a oportunidade de consumir produtos de melhor qualidade, menor preço, maior variedade e produtos mais sustentáveis.

Experiência é outra palavra-chave do momento digital. Grandes empresas já trabalham com esse posicionamento há tempos, outras têm percebido que os consumidores estão no centro das tomadas de decisões. A praticidade, comodidade, rapidez é o mínimo que a empresa pode entregar ao consumidor nos dias atuais. Ele tem buscado ser surpreendido na coleta de informação, na hora da compra, na hora de efetuar o pagamento, no pós-venda e na relação com o mundo.

Um NOVO ambiente emerge e devemos ter sabedoria para aproveitarmos as mudanças que têm acontecido. O futuro nos invade e nos traz novas oportunidades.

Referências:

A Quarta Revolução Industrial. KLAUS, Schwab. Trad. Daniel Moreira Miranda. Ed. Edipro, São Paulo, 2016.

Revista Exame. Edição Especial. Como Construir o Brasil 4.0, 2018.

Revista ESPM. O Mundo 4.0 vem aí! Ultrapassando os limites dda tecnologia, surge uma nova era que tornará o mundo mais rico, complexo e cheio de desafios, 2018.

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